O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira (4) que pediu para a Diretoria-Geral da Casa investigar a conduta de funcionários flagrados, na última sexta-feira (1º), registrando a freqüência no ponto eletrônico e, em seguida, indo para casa. O documento, segundo Sarney, foi encaminhado na noite da própria sexta-feira, assim que ficou sabendo do assunto.
No ofício, Sarney deixa clara a determinação a diretores e chefes de serviços “para que redobrem a vigilância” sobre seus subordinados. Ao mesmo tempo, o parlamentar frisou que esses superiores hierárquicos serão corresponsabilizados no caso de confirmadas as denúncias de que funcionários fraudam o ponto eletrônico e não trabalham nos horários que deveriam.
Para qualquer medida mais extrema, como o desligamento dos servidores, é necessário que se confirmem as denúncias.
- Exoneração só pode haver depois do inquérito administrativo. O Estatuto do Funcionalismo Público determina assim, antes não. A primeira providência é a sindicância para saber se o fato existiu.
Sobre a confirmação, pela Polícia Federal, de novas denúncias do mensalão, o presidente do Senado evitou qualquer comentário. Ele acrescentou que nem chegou a ler a reportagem da revista Época, que traz detalhes do esquema e o suposto envolvimento de novos nomes.
- Eu estava no Amapá. Fui ao sepultamento do meu suplente que morreu repentinamente. Cheguei ontem à noite e ainda não tive condições de ver a reportagem da Época. Por isso, não posso opinar ainda sobre o assunto.
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