quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

FIDH contabiliza 640 mortos na Líbia, dos quais 130 militares executados

Paris, 23 fev (EFE).- A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) elevou nesta quarta-feira o número de mortos na Líbia para 640 pessoas, dos quais 130 são militares da região de Benghazi executados por seus oficiais por se negarem a disparar contra a população.
A presidente da FIDH, Souhayr Belhassen, garantiu em declarações à Agência Efe que o número que trabalha sua organização atende a um balanço de mortos "contados um a um" graças às informações repassadas por fontes médicas e militares no terreno.
Belhassen assinalou que 275 pessoas teriam morrido em Trípoli e outras 230 em Benghazi, das quais 130 seriam "militares executados por seus oficiais por se negarem a disparar contra a população" que protesta contra o regime de Muammar Kadafi.
A FIDH considera os assassinatos ocorrem de forma "sistemática e generalizada", acrescentou Belhassen, por isso que solicitam intervenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) porque entendem que "há crime contra a humanidade".
Por sua vez, em declarações à rede de televisão "Al Arabiya", um membro líbio do Tribunal Penal Internacional (TPI) elevou a 10 mil as pessoas que morreram na Líbia desde o início dos protestos populares contra o regime de Muammar Kadafi.
Em declarações à rede a partir de Paris, o membro líbio, que não declarou se falava em nome do TPI, também assinalou que os feridos podem chegar a cerca de 50 mil.
Além disso, lembrou que "desde que Kadafi chegou ao poder assassinou a milhares de pessoas e também a milhares de presos nas mesmas prisões".
Por sua vez, o Governo líbio afirmou na terça-feira à noite que os mortos pelos distúrbios que atingem a Líbia nos últimos dias somam 300, dos quais 189 são civis e outros 111 membros das forças de segurança, militares ou policiais. EFE

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