A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações menos importações) de US$ 2,44 bilhões no primeiro trimestre deste ano, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Isso representa uma queda de 22,4% sobre o mesmo período do ano passado (+US$ 3,14 bilhões).
No acumulado de 2012, as exportações somaram US$ 55,08 bilhões, com média diária de US$ 874 milhoes, enquanto as compras do exterior totalizaram US$ 52,64 bilhões (média de US$ 835 milhões por dia útil). Contra o mesmo período de 2011, as vendas externas subiram 5,8% e as importações avançaram 7,7%, de acordo com dados oficiais.
Em termos históricos, o superávit da balança comercial, no primeiro trimestre deste ano, não pode ser considerado alto. Em 2010, o saldo positivo somou US$ 881 milhões. Em 2008 e 2009, porém, os superávits foram maiores do que o registrado neste ano, somando, respectivamente, US$ 2,75 bilhões e US$ 2,98 bilhões. Entre 2003 e 2007, os saldos positivos ficaram acima de US$ 3,8 bilhões.
Mês de março
Mesmo com a queda de 22,4% do superávit da balança no primeiro trimestre, os números da balança comercial brasileira mostram uma recuperação em março, quando foi registrado um saldo positivo de US$ 2,01 bilhões - o melhor resultado do ano.
Sobre o mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 29,9%, visto que o superávit somou US$ 1,55 bilhão em março de 2011. Trata-se, também, do maior saldo positivo para meses de março desde 2007, quando o superávit somou US$ 3,3 bihões.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as exportações somaram US$ 20,91 bilhões no mês passado, valor recorde para meses de março. Sobre o mesmo período de 2011, a alta foi de 3,5%. As importações, segundo o governo, totalizaram US$ 18,89 bilhões em março, número que também é recorde para este mês. Sobre março do ano passado, o crescimento foi de 1,7%.
Resultado de 2011 fechado
Em todo o ano de 2011, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 29,79 bilhões. Com isso, o superávit da balança comercial registrou crescimento de 47,8% em relação ao ano de 2010, quando o saldo positivo totalizou US$ 20,15 bilhões. Trata-se, também, do maior superávit da balança comercial desde 2007 (US$ 40,03 bilhões). Em 2008 e 2009, respectivamente, o saldo comercial somou US$ 24,95 bilhões e US$ 25,27 bilhões.
Perspectivas para 2012
Para 2012, ano que ainda será marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, com a previsão de crescimento do PIB em cerca de 3,2%, e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará queda, atingindo cerca de US$ 19 bilhões.
O Banco Central, porém, está um pouco mais otimista. A autoridade monetária projeta um superávit da balança comercial de US$ 21 bilhões para este ano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, prevê um saldo comercial positivo de US$ 20,8 bilhões neste ano
Grupos de esquerda foram reprimidos pela polícia durante um protesto em frente à embaixada britânica, deixando vários manifestantes levemente feridos, no aniversário de 30 anos da guerra entre os dois países pelas ilhas Malvinas, informaram as autoridades.
Os manifestantes jogaram coquetéis molotov e pedras contra os policiais que custodiavam a sede diplomática em um bairro de Buenos Aires, e os oficiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água lançados de carros hidrantes.
A marcha dos grupos esquerdistas foi organizada sob o slogan "Fora ingleses das Malvinas".
"Há vários manifestantes levemente feridos", disse uma fonte policial a emissoras locais.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, criticou horas antes a colonização das Malvinas em pleno século XXI, o que qualificou de uma situação absurda, mas a Grã-Bretanha defendeu o direito de autodeterminação dos habitantes da ilha, em mensagens de homenagem aos mortos há 30 anos na guerra.
A guerra explodiu quando a ditadura do general Leopoldo Galtieri invadiu as Malvinas para reintegrá-las à soberania argentina, perdida em 1833 pela ocupação britânica, mas uma força despachada pela primeira-ministra Margaret Thatcher derrotou os sul-americanos após 74 dias de conflito.
Os atos desta segunda-feira nos dois países prestaram homenagem aos 649 argentinos e 255 britânicos mortos em combate.
O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), anunciou no início da noite desta segunda (2) a abertura pelo partido de um processo disciplinar que poderá resultar na expulsão do senador Demóstenes Torres (GO) da legenda.
Demóstenes Torres aparece em gravações de escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal que indicam envolvimento dele com Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela PF em fevereiro sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás. Segundo as gravações, o senador teria usado o mandato para favorecer o bicheiro.
O DEM havia cobrado explicações de Demóstenes. O partido queria que ele apresentasse justificativas ou fizesse um pronunciamento na tribuna do Senado. Mas o senador argumenta que precisa de mais tempo para analisar o processo ao qual responderá no Supremo Tribunal Federal.
Um homem armado abriu fogo dentro de uma escola particular em Oakland, na Califórnia, nesta segunda-feira (2) matando sete pessoas, ferindo três e desencadeando uma perseguição que terminou uma hora mais tarde com a prisão dele.
O atirador invadiu a Oikos University, uma escola cristã, por volta das 10h40 da manhã (14h40 no horário de Brasília). Estudantes em pânico saíram do prédio, enquanto a polícia iniciou uma caça pelo atirador na vizinhança, diz o "San Francisco Chronicle".
Segundo uma porta-voz da polícia de Oakland, um suspeito foi detido quase uma hora depois, num shopping, mas não foi revelada identidade, nem se ele teria alguma ligação com a instituição.
Ele foi descrito pela polícia como um homem de origem coreana, que aparenta ter por volta de 40 anos, com um armamento pesado e usando um macacão marrom.
Cinco ambulâncias foram enviadas ao local do tiroteio, indicaram os bombeiros de Oakland em sua conta no Twitter, mencionando "várias pessoas atingidas".
Angie Johnson, de 52 anos, declarou ao San Francisco Chronicle que tinha visto uma jovem deixar o prédio chorando, com sangue em seus braços, e gritando: "Levei um tiro".
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é alvo de denúncias segundo as quais usou o mandato para atender a interesses do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás.
Cachoeira foi preso no fim de fevereiro, e dias depois surgiram as primeiras informações sobre o envolvimento do senador com o contraventor.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)cobra que o senador renuncie. Caso Demóstenes deixe o cargo, ele ficará inelegível, conforme a Lei da Ficha Limpa, uma vez que já há pedido do PSOL para abertura de processo para investigá-lo no Conselho de Ética do Senado.
Carlinhos Cachoeira ficou conhecido pelasuspeita de pagar propina a Waldomiro Diniz, então assessor da Casa Civil no começo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, escândalo revelado em 2004.
PERAÇÃO MONTE CARLO
Polícia Federal deflagra operação contra exploração do jogo ilegal em Goiás. São 35 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão. Entre os presos está Carlinhos Cachoeira, detido na Superintendência da PF em Brasília e depois transferido para um presídio federal em Mossoró (RN).
As vendas de veículos no mês de março apresentaram alta de 20,47%, na comparação com fevereiro, segundo o balanço da Federação Nacional de Veículo Automotores (Fenabrave), divulgado nesta segunda-feira (2). Entre automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, foram emplacadas 300.592 unidades, contra 249.519 do mês anterior, que teve menos dias úteis.
Em relação a março de 2011, no entanto, houve queda de 1,81% -o resultado era inesperado porque em março passado houve menos dias úteis devido ao carnaval que, neste ano, ocorreu em fevereiro.
No acumulado de 2012, com 818.387 unidades, a venda de veículos também registra pequena baixa, de 0,82%, na comparação com 2011 (825.126 veículos). A entidade vem afirmando que a restrição aos empréstimos tem refletido nos números de vendas de automóveis, além dos de motos. A Fenabrave, porém, diz que mantém a expectativa de crescimento para o ano.
Por segmentos
Na comparação mensal, houve alta em todos os segmentos. No de automóveis e comerciais leves ela foi de 20,46%, com 284.166 unidades comercializadas em março contra 235.892 em fevereiro. O número, no entanto, ficou abaixo da previsão da entidade, que era de 288.759 emplacamentos no mês.
Também cresceram os segmentos de caminhões (22,15%), com 13.309 vendas, e de ônibus, 14,13%, que somou 3.117 unidades emplacadas.
O segmento de motos, contado à parte, subiu 23,02%, com 165.628 unidades comercializadas contra 134.639 em fevereiro.
Na comparação anual, no entanto, apenas o de ônibus e o de motos subiram. O primeiro registrou alta de 6,53%. O segundo, de 3,33%. Para automóveis e comerciais leves, houve queda de 1,58%. Para caminhões, a baixa foi de 8,14%.
Uno supera Gol
A Fiat liderou as vendas de automóveis e comerciais leves em março, com 66.025 veículos emplacados, e manteve os 23% de participação registrados em fevereiro. Em segundo ficou a Volkswagen, com participação de 20,58%, alcançando 58.482 emplacamentos. A General Motors permanece em terceiro, com 45.176 unidades, equivalendo a 15,9% do mercado.
Entre os carros mais vendidos, o Fiat Uno superou o Volkswagen Gol pela primeira vez no ano, encabeçando a lista de mais vendidos em março com 23.109 unidades emplacadas (inclundo as vendas do Mille) contra 21.030 do rival. Em terceiro permaneceu o Fiat Palio, com 13.459 unidades.
A diferença maior entre os dois líderes se deve, sobretudo a vendas diretas, onde o Uno registrou 11.216 emplacamentos contra 8.082 do Gol. O carro da marca alemã, no entanto, foi o primeiro colocado em vendas no varejo, com 12.948 unidades frente a 11.893 do Fiat.
Com isso, o Uno passou a liderar no acumulado do ano, com 59.168 unidades contra 58.673 do Gol, esquentando uma velha briga. Há 25 anos o compacto da Volks mantém a liderança nos balanços anuais.
O Ministério da Saúde montou um grupo de trabalho para discutir a inclusão da fertilização in vitro na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2012 -- sete anos depois da primeira portaria que determinava o atendimento para casais que precisassem do procedimento. Se a medida for aprovada, será a primeira vez que o governo federal vai bancar os custos da mais eficiente forma de engravidar para quem tem problemas de fertilidade -- um procedimento que pode custar até R$ 50 mil por tentativa em médicos particulares.
A fertilização in vitro é uma técnica de reprodução assistida onde óvulo e espermatozoide são fecundados em laboratório. Depois, o embrião é implantado diretamente no útero na mãe. A técnica tem mais sucesso que a inseminação artificial, mas também é mais cara. Em clínicas particulares, o custo de uma tentativa gira em torno de R$ 15 mil a R$ 20 mil, mas pode ir a R$ 50 mil. A chance de engravidar na primeira tentativa é de 30%, dependendo da idade da mulher.
O Ministério da Saúde confirmou a intenção de colocar o procedimento na tabela do SUS até o fim do ano, mas não quis dar detalhes sobre como e exatamente quando isso iria acontecer. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, preferiu não comentar a movimentação no Ministério sobre o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, estão sendo discutidos quais seriam os impactos financeiros da medida e onde seria implantado o serviço.
No início de março, o Ministério da Saúde anunciou que estava estudando colocar técnicas de "reprodução assistida" no SUS, sem especificar exatamente qual delas. AoG1, a assessoria confirmou que uma das técnicas em estudo é a fertilização in vitro.
Atualmente, são oferecidos pelo SUS 31 procedimentos de reprodução humana assistida -- a maioria, exames preparatórios para tratamentos mais complexos, como a própria fertilização.
A coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida do Hospital Regional da Asa Sul, de Brasília, Rosaly Rulli, faz parte do grupo de trabalho do Ministério. “Não está sendo discutido nada além da fertilização in vitro. O ministério já tem vários programas para o restante [das áreas da reprodução humana assistida], só a fertilização que não tem”, diz ela.
“Tivemos a primeira reunião no final de fevereiro. Agora, há outra reunião marcada para abril. Estamos avançando”, conta. O hospital é referência em fertilização in vitro gratuita, com verbas do governo do Distrito Federal.
A primeira vez que surgiu a possibilidade de colocar a fertilização no SUS foi em março de 2005, quando o Ministério publicou uma portaria que determinava o oferecimento da fertilização pelo SUS a pessoas com dificuldade para ter filhos. Quatro meses depois, ela foi suspensa para a avaliação dos impactos financeiros.